De onde vem o açúcar

Em primeiro lugar, convém esclarecer que quando falamos em ‘açúcar’ estamos na verdade nos referindo à sacarose, que é composta por uma molécula de glicose e uma molécula de frutose.

A história desse ingrediente tão presente na mesa de muitos lares remonta à antiga China e Índia, quando seus habitantes nativos descobriram que a cana-de-açúcar era fonte de um produto de sabor delicioso. O clima ideal desta planta tropical permitiu-lhe crescer em climas úmidos e quentes, por isso muitos desses habitantes começaram a extrair o suco, aquecê-lo e assim obter cristais doces.

Ao investigar de onde vem o açúcar, encontramos uma mistura de doçura e história, já que, na época das Cruzadas, a sacarose começou a entrar na Europa, sendo um ingrediente que poucos tinham condições de comprar. Porém, com o passar do tempo, muitos começaram a produzi-lo em suas colônias e depois o fizeram chegar às Américas, onde as terras eram tropicais, principalmente na América do Sul e no Caribe.

Esclarecido isso, nota-se que o açúcar, em sua produção mundial, é obtido principalmente a partir da cana-de-açúcar, mas também existem outras fontes que são utilizadas. Por exemplo, na Tailândia é obtido a partir do coco. No entanto, pode-se argumentar que a sacarose está presente em todas as plantas, mas suas quantidades são mais significativas em plantas como cana-de-açúcar, beterraba, sorgo e coco, além do bordo-açucareiro.

O açúcar obtido do coco é extraído da seiva da flor dessa fruta e é aquecido para reter os nutrientes e, por fim, atingir a textura cristalina, com aroma delicioso e cor clara, semelhante ao açúcar mascavo.

No caso mais comum, quando é extraído da cana-de-açúcar, o caule da cana é cortado e plantado. A planta pode crescer até 4 metros de altura, e seu caule maduro é composto de açúcares, fibras e água.

Quando os caules são cortados e levados às indústrias, são espremidos para a obtenção do suco. Em seguida, o suco é fervido, evaporado e o resultado são cristais de açúcar, mas estes devem passar por outro processo para eliminar eventuais impurezas e serem engarrafados. Desta forma, o produto chega à nossa mesa, pronto para consumir.

Esse ingrediente é importante e necessário na alimentação, mas tem sido relacionado às calorias vazias, pois não contém vitaminas, sais e minerais. Hoje, o consumo de açúcar é excessivo por algumas pessoas, razão pela qual alguns países têm tentado regular o seu consumo e a Organização Mundial de Saúde tem aconselhado que o consumo diário não deve ultrapassar 10% das calorias ingeridas por dia.

Muitos especialistas médicos também associaram o consumo excessivo de açúcar a algumas condições, como:

• Cáries.
• Hiperatividade.
• Obesidade.
• Diabetes mellitus tipo 2, entre outras condições.

Porém, o açúcar é um ingrediente necessário ao organismo, que geralmente é decomposto em carboidratos e transformado em glicose, fornecendo energia. O cérebro também precisa de glicose para funcionar adequadamente.

Existem muitos açúcares que podem ser encontrados naturalmente em vegetais, frutas e leite. Da mesma forma, deve-se esclarecer que o organismo não distingue entre os açúcares que se consomem nas bebidas e alimentos que se consomem em casa e aqueles que estão presentes, naturalmente, nos vegetais e frutas. Isso significa que não existe açúcar melhor ou pior, pois o corpo processa todos da mesma forma.

Em outras palavras, o corpo não distingue de onde vem o açúcar que consumimos. Mas, há uma diferença na velocidade com que a sacarose é absorvida e isso pode mudar, dependendo da sua origem, já que o processo de absorção não ocorre na mesma velocidade quando se trata de uma maçã, no seu estado sólido, do que de um suco.

Concluindo, a glicose e a frutose estão naturalmente presentes em frutas, vegetais e mel. Quando obtido a partir do leite, é conhecido como “açúcar do leite” ou lactose; enquanto o 'açúcar do malte', presente em algumas bebidas, é denominado maltose.

O consumo em excesso pode ser prejudicial, mas em quantidades moderadas ou recomendadas pelos médicos, esse ingrediente pode ser benéfico. A forma como o ingerimos também é importante, seja através de produtos naturais, sólidos ou sucos.

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