Como saber se a carne está podre

Como saber se a carne está podre

A expressão "carne podre" sempre remeteu a coisas ruins que podem ir além da carne em si, mas até então se pensava que os principais consumidores de carne em estado de putrefação eram os urubus. No entanto, a operação policial conhecida como "Carne Fraca" realizada pela Polícia Federal no Brasil em março de 2017 revelou que muita gente pode estar comendo carne podre sem saber. Se você se preocupa com essa possibilidade, o umCOMO te ensina como saber se a carne está podre.

Como identificar carne podre

Até então pensava-se que era fácil identificar carne estragada observando aspectos marcantes como a cor e o cheiro. Após a Operação Carne Fraca, veio a conhecimento geral que até esses sinais de carne estragada podem ser disfarçados com a aditivos químicos e mistura de ingredientes proibidos - doses exageradas de ácido ascórbico, papelão e cabeça de porco na linguiça foram alguns dos aditivos irregulares detectados nas carnes fiscalizadas.

Para que você fique mais tranquilo antes de consumir e saber se a carne está podre, você pode prestar atenção a certos sinais e agir da seguinte maneira:

Cor da carne

Mesmo que a cor possa ser adulterada. Leve sempre em consideração na hora de escolher. Cada tipo de carne crua tem uma paleta de tons que pode ajudar a identificar seu frescor:

  • Carne de aves: pode variar do branco azulado ao amarelo claro. Muito amarelada já pode siginificar podridão
  • Carne de porco: cinza-rosado
  • Carne de boi: vermelho ou púrpura

Cheiro da carne

Até mesmo o cheiro podre pode ser mascarado. Entretanto, nunca deixa de cheirar a carne antes de usá-la. A qualquer odor de ranço, mofo ou cheiro desagradável, desista de utilizar a peça. As carnes de porco "boas" devem ter um leve cheiro de sangue.

Textura da carne

Carne estragada tem uma textura viscosa, pegajosa e pode ter uma aparência mais lisa.

Embalagem

É importante reparar em todos os aspectos que envolvem a carne. A validade pode ter sido adulterada pelos fabricantes e dificilmente você saberá. Ainda assim, observe se a embalagem não está corrompida.

De acordo com Operação Carne Fraca, os produtos embalados artificialmente têm mais chances de estarem estragados e com carne podre "maquiada". Dê preferência à peças de carnes que sejam cortadas e moídas na sua frente.

Como fugir das carnes adulteradas

Além da carne vencida, a Polícia Federal também apontou que quantidades de ácido ascórbico muito além do limite permitido estavam sendo aditivadas às carnes para dar um aspecto saudável e conservá-las além do prazo de validade. O ácido ascórbico é vitamina C, ou seja, quando utilizado com moderação tem benefícios para a saúde. No caso da operação Carne Fraca, as altas quantidades de ácido e de produtos químicos, acima do permitido na carne, podem causar problemas de saúde. A polícia descreveu tal substância para a mídia como "cancerígenas".

A maior incidência de relatos de carne adulterada está nos produtos de carne processada e embutidos. Nesses casos, há suspeita do uso de papelão, carne cabeça de porco (proibida em linguiça), partes de carnes que seriam descartadas e produtos em excesso como soja e fécula de mandioca.

Além da questão de saúde, o grande problema é que nenhum desses produtos é declarado na composição dos alimentos. Dessa forma, para ficar longe das carnes adulteradas, existem alguns cuidados que podem ser tomados:

  • Procure saber quem é o produtor da carne e assegure-se de que a empresa não foi pega por nenhuma investigação;
  • Evite produtos embutido e processados (salsicha, mortadela, nuggets, hambúrguer, linguiça...) a chance de terem ingredientes irregulares na sua composição é sempre maior com eles;
  • Se o receio é seu melhor amigo na hora de comer carne, tente dar um tempo da carne. Para que o seu organismo continue nutrido, basta fazer substituições vegetarianas equivalentes.

O que é a Operação Carne Fraca

A Operação Carne Fraca estourou em março de 2017 no Brasil e ficou conhecida como a operação policial que investigou pelo menos 30 frigoríficos e empresas que vendem carne e descobriram uma série de irregularidades desde as práticas de fabricação até suspeitas de corrupção e fraudes administrativas. Mais do que revelar que alguns dos alimentos mais consumidos pelos brasileiros não são feitos daquilo que eles imaginam, a história tomou grandes proporções quando a mídia divulgou que substâncias cancerígenas e papelão eram alguns dos elementos que estavam sendo usados para maquiar carne vencida e alimentos processados.

Uma lista de empresas suspeitas foi levantada e divulgada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e a investigação teve reflexos na economia. Países ao redor do mundo todo suspenderam a importação de carne brasileira. Até então a carne era o terceiro maior produto de exportação do Brasil.

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